Caravana Cariri Cangaço Por:Lívio Ferraz

Família Cariri Cangaço em Triunfo

Arrumar  as malas e seguir viagem. Arranchados, aguardando o momento de início de mais uma Caravana. Múcio Procópio e Lívio Ferraz aguardavam ao amigo Severo. Noutro ponto, viriam Aderbal Nogueira, Juliana Ischiara , Afrânio e Valentim. Primeira parada: Triângulo de Quixadá para tomar um café. Depois, Juazeiro do Norte e Crato, quando ao nosso grupo se aliou o amigo Pedro Luiz. Dois carros, um sentido. 

Primeira noite: Triunfo, Pernambuco. Um maravilhoso clima de 19 graus. Neblina. Um friozinho acalentador. Depois de uma parada ao lado do Açude, a historiadora Diana Rodrigues nos presenteou com uma recepção digna de reis, pois regados por tantos sucos, doces e acima de tudo um carinho inenarrável, regado ao amor e amizade traduzidos por toda uma atenção que nos foi dispensada, sem esquecer, evidentemente, de uma abacatada maravilhosa, que nunca tinha visto nem tomado igual. 

Lívio Ferraz, antes e depois do famoso "abacate de Diana"

A noite apenas começava. Seguimos a recepção na casa do amigo, Dr. Assis Timóteo e sua irmã senhora Geraldina. Nesta oportunidade verificamos que seu avô - Alferes João Timóteo, Oficial da Guarda Nacional, comerciante; conheceu Virgulino Ferreira da Silva em sua adolescência, acompanhado de seu pai, comprando os itens gerais da manutenção para sua atividade de almocreve. Mais tarde recebia, naquela mesma casa, o Rei dos Cangaceiros, aquele mesmo adolescente franzino de outrora. 

Na mesma sala em que Lampião e seus asseclas eram recebidos e jogavam um carteado, percebemos um piano, tendo a oportunidade de recordar há tantos anos de estudo, tocando algumas músicas. Terminados estes momentos, dirigimo-nos todos a casa de Selminha que com todo amor e carinho nos recebeu em seu lar e nos dispôs com todo conforto em seus quartos. Um exemplo de pessoa. Há de existir conforto maior que toda a atenção que nos foi dispensada?  Um resumo. Uma história que apenas está começando.  

Lívio Ferraz

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