Noite de Encerramento do Cariri Cangaço Piranhas 2016

Janine Barbosa, Manoel Severo e Celsinho Rodrigues

auditório do Centro Cultural Miguel Arcanjo, no centro histórico de Piranhas recebeu a terceira e última noite do Cariri Cangaço Piranhas 2016. Dentro da programação de encerramento, duas conferencias com mesas de debates, lançamento de livros e apresentações culturais.

No primeiro momento da noite , Janine Barbosa foi a responsável em apresentar o projeto da Rota do Cangaço, dentro dos "Caminhos do São Francisco". Desde sua foz, em Piaçabuçu, até a última cidade do estado, em Delmiro Gouveia, o Rio São Francisco carrega no seu leito passeios encantadores por toda Alagoas. O Projeto mostra todas as potencialidades dos vários destinos, sua  interface com as iniciativas locais e os talentos das culturas do lugar além da importância do tema cangaço, uma vez que o mesmo é um dos maiores indutores de turismo da região.

 Manoel Severo e abertura da terceira e última noite do Cariri Cangaço Piranhas 2016

 Janine Barbosa e a apresentação da "Rota do Cangaço" nos Caminhos do São Francisco

Em seguida os pesquisadores e escritores; Elane Marques de Aracaju e Luiz Ruben, de Paulo Afonso, apresentaram e realizaram o lançamento de suas mais novas obras. Elane Marques nos trouxe mais uma releitura sobre uma das mais polêmicas personagens do universo feminino do cangaço, com "Sila, do cangaço ao estrelato" reunindo também em seu livro, abordagens e estudos de outros pesquisadores, sobretudo os que mantiveram contato próximo com a ex-cangaceira, companheira de um dos sub-chefes do bando de Lampião, Zé Sereno.

Já o pesquisador e escritor Luiz Ruben, conselheiro Cariri Cangaço lançou "Lampeão, antes de ser Capitão". Neste trabalha o autor apresenta matérias dos jornais publicadas entre 1920 e 1926, antes do rei do cangaço receber a polêmica patente de Capitão dos Batalhões Patrióticos em Juazeiro do Norte. "Não faço intervenções, apenas atualizo os nomes das cidades que ao longo do tempo tiveram seus nomes trocados. A iconografia deste livro abrange a década de 1920 e início dos anos 30 " revela Luiz Ruben.

Elane Marques e Luiz Ruben em noite de lançamento no Cariri Cangaço Piranhas 2016

O último momento da noite ficou por conta da Conferência "Piranhas: Cidade das Volantes" sob a responsabilidade de Paulo Britto, filho do tenente João Bezerra, militar que comandou as volantes que deram fim a Virgulino Ferreira na manha de 28 de julho de 1938 no Angico. 

Paulo Britto confessa:"Eu não sou palestrante nem conferencista, mas diante do desafio que me foi posto por Manoel Severo e Celsinho, não poderia fugir a raia e estar aqui com pesquisadores de todo o Brasil para falar de Piranhas, a cidade das volantes." A conferência de Paulo Britto contou ainda com uma mesa de debates qualificada com os pesquisadores Wescley Rodrigues de Sousa e Jorge Remígio de João Pessoa, além da participação de inúmeros pesquisadores presentes à noite de encerramento.

Paulo Britto e "Piranhas: A Cidade das Volantes"
 Mesa de debates com Wescley Rodrigues e Jorge Remígio
Benner Britto

Piranhas teria seu nome consolidado dentro da historiografia do cangaço a partir da segunda metade da década de trinta; como base de volantes alagoanas, pela invasão de Gato e Corisco ainda em 1936 e principalmente por ali ter sido arquitetado por João Bezerra e seus homens, o plano que teria como desfecho a morte de Lampião no Angico em 1938. Por mais de uma hora Paulo Britto, do alto de seu conhecimento e profunda afinidade com o tema, presenteou a todos com uma brilhante apresentação dos principais aspectos sobre a temática, ligadas a Piranhas, ao cangaço e principalmente à sua família; sua mãe, Cira Britto esteva na linha de frente da defesa da cidade no ataque de Gato e seu pai, João Bezerra; foi o comandante da volante no Angico, não precisa de mais nada...

 Ane e Paulo Britto, Rossi Magne, Benner e Valdeci Britto
Benner Britto, Gilmar Teixeira e Fábio Moura

Cariri Cangaço Piranhas
30 de Julho de 2016
Centro Cultural Miguel Arcanjo, Piranhas, Alagoas

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