Água Branca e o Cariri Cangaço Por:José Bezerra Lima Irmão


Fiquei surpreso com a importância – merecida – que a aprazível cidade de Água Branca deu ao recente encontro do Cariri Cangaço. A começar pelo local da recepção – fomos recebidos justamente na casa da Padroeira da cidade, a suntuosa Matriz de Nossa Senhora da Conceição –, com as boas-vindas proferidas pelo padre José Aparecido, que abriu as portas da Casa de Deus para reverenciar a memória e a história do sertão.

Mais de 500 pessoas reuniram-se na praça. Fiquei maravilhado com o alto nível da Orquestra Filarmônica Santa Cecília. E não há como esquecer a apresentação das danças tradicionais da tribo Kalankó. A organização do evento foi impecável, tendo à frente o querido Edvaldo Feitosa, nosso anfitrião, conduzida pela elegante Fayrust Silva, chefe do cerimonial.
José Bezerra Lima Irmão e a Família Cariri Cangaço em Água Branca

O que mais impressionou foi o tom dos discursos. Em vez de meras declarações protocolares, o que se ouviu foram pronunciamentos elaborados com erudição e carinho. Falaram a prefeita Albani Sandes, a vice-prefeita Tatiana Sandes, o professor José Geraldo Dantas, a professora Maria Stela Torres, o senhor Inácio Loiola (seu Lôia, descendente da Baronesa de Água Branca), Bruno Mafra, Amosiel Feitosa, Maciel Silva, professora Zilda Lima, e por fim ouvimos as emocionantes palavras do Curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo Barbosa, empolgado pela inclusão de Água Branca no circuito dos eventos sobre a rica temática do Cangaço, que é a essência das tradições e da história do Nordeste.

Que este encontro do Cariri Cangaço em Água Branca seja o primeiro de muitos. Viva Água Banca! Viva o Cariri Cangaço!

José Bezerra Lima Irmão
Pesquisador e Escritor 
Salvador BA

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